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Jornal da Globo: A música moderna japonesa

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Mensagem por Haruhi Yakuza Qui 19 Jun 2008, 04:58

Na última reportagem da série Olhar Japonês, você vai ver as
influências ocidentais que o Japão absorveu e que agora manda de volta
para nós em produtos musicais de grande sucesso.

Até mesmo no rock, o Japão absorveu influências ocidentais e as mandou
de volta para nós em produtos musicais de grande sucesso. A música
moderna japonesa e seu intercâmbio com o Brasil são tema da última
reportagem da nossa série especial sobre a cultura japonesa.
Sons milenares perpetuam a tradição, mas a voz do Japão vai além.
Desde que o rock invadiu a ilha, notas de influência ocidental ecoam nas garagens.
As meninas do "Five, six, seven, eight´s", ganharam projeção cantando uma das músicas do filme "Kill Bill".
A banda está no documentário que esta jornalista fez sobre a cena underground de Tóquio.
Os japoneses saboreiam a liberdade do rock, sob influência dos anos 50 e 60.
"Eles acabam pescando coisas de um lado e do outro,
reproduzindo, mas com um molho bem japonês. O rock japonês é uma coisa
muito intensa mesmo, eles são muito sinceros, tocam como se cada show
fosse ser o último da vida deles”, afirma Pamela Valente, cineata. Caldeirão de influências que virou sucesso no Brasil. Até a coreografia das boates de Tóquio esquenta as baladas dos trópicos.
A sintonia ocidente-oriente produziu a mais improvável das misturas: uma japonesa que canta funk carioca.
"Conheci o funk numa festa de amigos brasileiros no Japão. Quando ouvi, disse: meu deus, isso é muito bom!"
Tigarah, que trocou a carreira de cientista política pela música,
dançou até o "Créu" em São Paulo, ao lado da ídola, Deise Tigrona.
A banda brasileira fez o inverso. O repertório é de músicas de desenhos animados japoneses e “j-pop”, o pop de lá.
O vocalista, único não descendente de japonês, canta sem entender a língua.
"Decoro as letras, procuro ler sempre, ouvir bastante, que aí ela vai memorizando”, diz Eduardo Capelo, vocalista.
Mas foi com uma fórmula genuinamente japonesa que o país revolucionou a relação de muita gente com a música.
O karaokê, que transforma qualquer um em cantor, se espalhou pelo mundo. No país de origem, é uma maneira de descontrair.
"Os japoneses eles são muito regrados, tudo o que é regra tem
que ser cumprido e no karaokê é a hora que você fala: eu posso pegar
esse microfone do jeito que eu quiser e cantar o que eu quiser”,
explica Renato Siqueira, especialista em cultura japonesa.
Mas nem todo karaokê é tão livre assim. Os próprios japoneses,
sempre muito organizados, deram um jeito de encher a brincadeira de
regras. Em concursos oficiais, que acontecem nos fins de semana em São
Paulo, tudo é levado a sério. Os cantores ensaiam vários dias antes de
subir ao palco.
A performance é avaliada por jurados, que seguem um regulamento. Os concursos distribuem troféus e têm figurino peculiar.
Só em São Paulo, são 250 associações e 10 mil cantores. A
maioria canta o “enka”, música que fala de amor e separação, e ajuda a
vencer a timidez.
"Japonês não consegue nem dar bom dia e ultimamente, graças ao
karaokê, a gente está conseguindo dizer até boa tarde". Luiz Yuki,
presidente da União Paulista de Karaokê.
Combinando influências, Brasil e Japão se afinam na música e fogem de todos os rótulos.


o video pode ser visto aqui aqui


bem fraquinha a reportagem..
Haruhi Yakuza
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